O início

O dinheiro nem sempre teve a forma que conhecemos hoje, o que temos atualmente se modificou aqui e em outras partes do mundo de acordo com o tempo. Desde as épocas do escambo, onde se tinham trocas, como por exemplo, 12 ovos por 2 litros de leite. Algumas mercadorias, pela sua utilidade, passaram a ser mais procuradas do que outras. Aceitas por todos, assumiram a função de moeda, circulando como elemento trocado por outros produtos. Eram as moedas–mercadorias. O gado, principalmente o bovino, foi dos mais utilizados, pois apresentava vantagens de locomoção própria, reprodução e prestação de serviços, embora ocorresse o risco de doenças e da morte. O sal foi outra moeda–mercadoria, de difícil obtenção, principalmente no interior dos continentes. Era muito utilizado na conservação de alimentos.

A palavra salário (remuneração, normalmente em dinheiro), tem como origem a utilização do sal, em Roma, para o pagamento de serviços prestados. No Brasil, entre outras, circularam o cauri – trazido pelo escravo africano –, o pau-brasil, o açúcar, o cacau, o tabaco e o pano, trocado no Maranhão, no século XVII, devido à quase inexistência de numerário, sendo comercializado sob a forma de novelos e tecidos.

Surgem, então, no século VII A.C as primeiras moedas com características das atuais: são pequenas peças de metal com peso e valor definidos e com a impressão do cunho oficial, isto é, a marca de quem as emitiu e garante o seu valor. A princípio, as peças eram fabricadas por processos manuais muito rudimentares e tinham seus bordos irregulares, não sendo, como hoje, peças absolutamente iguais umas às outras. O dinheiro foi à forma inventada e aceita para efetuar trocas onde cada mercadoria recebe um valor. Nos dias de hoje normalmente os valores mais altos são expressos em cédulas e os valores menores em moedas.